Myspace: O Palco Digital que Lançou Arctic Monkeys

Muito antes do TikTok, Spotify ou YouTube dominarem a cena, existia um lugar onde bandas independentes podiam mostrar seu som sem precisar de gravadora: o lendário Myspace. Foi ali, entre códigos HTML coloridos e layouts personalizados, que os Arctic Monkeys começaram a construir o caminho para se tornarem um dos maiores nomes do rock britânico dos anos 2000.

Em vez de esperar um selo descobrir seu talento, os garotos de Sheffield decidiram disponibilizar suas primeiras gravações no Myspace, compartilhando faixas como “Fake Tales of San Francisco” e “I Bet You Look Good on the Dancefloor” diretamente com os fãs. O burburinho foi tão grande — e tão orgânico — que, quando lançaram seu álbum de estreia, “Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not”, ele se tornou o disco mais vendido da história do Reino Unido na primeira semana.

O sucesso explosivo dos Arctic Monkeys marcou um ponto de virada na indústria da música: a internet havia se tornado um palco poderoso, onde o público ditava o que queria ouvir. E o Myspace, por mais que hoje pareça uma lembrança distante, foi o epicentro de uma revolução digital que mudou para sempre a forma de descobrir música nova.

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