Em 1991, o Nirvana lançou Nevermind e, junto com o som que sacudiu o mundo, veio uma revolução silenciosa — a da roupa. O grunge não era apenas um gênero musical nascido em Seattle, mas uma forma de estar no mundo. Era o visual da juventude cansada dos exageros dos anos 80, da ostentação dos yuppies e do brilho exagerado do glam metal.
Nada de lantejoulas ou ombreiras: a moda grunge apostava em camisas de flanela xadrez, camisetas surradas, jeans rasgados, coturnos e roupas de brechó. Um desleixo proposital que virou símbolo de autenticidade. O lema era simples: vista o que tem, não o que mandam usar.
Mais do que uma tendência, o grunge trouxe a ética do “faça você mesmo” para o corpo — um grito de liberdade, conforto e realidade. O que começou como contestação acabou se tornando uma das estéticas mais duradouras e influentes da história da moda.
Hoje, mais de 30 anos depois, ainda tem muita gente que veste o espírito do grunge — mesmo sem perceber. Porque ser grunge é mais do que usar flanela: é ser fiel a si mesmo.
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