O pulso do rock pesado foi silenciado em Vorst, na Bélgica, no último sábado (11), após um show do Disturbed ser cancelado. A decisão, tomada pelo prefeito Charles Spapens, que classificou o evento como um “risco à segurança pública”, ecoou para além das fronteiras do país. O motivo? Uma controvérsia que remonta ao ano passado, envolvendo o vocalista David Draiman, que havia “autografado” uma bomba das Forças de Defesa de Israel destinada a Gaza.
A banda não tardou a se manifestar. Em um comunicado leve e direto, divulgado nesta segunda-feira (13), o Disturbed expressou seu lamento pelo cancelamento, mas fez questão de reafirmar a essência de seu trabalho: a música como ponte, e não como muro.
“A música é onde todas as nossas diferenças desaparecem,” declarou o grupo na nota. É um refrão que ressoa em meio ao barulho da polêmica. A banda sublinha o poder curativo, inspirador e, acima de tudo, unificador de suas canções. Não se trata de alimentar divisões, mas de celebrar o que há de comum. O recado é claro e inclusivo: “Sempre fizemos questão de que, em nossos shows, TODOS sejam bem-vindos, independentemente de suas crenças.”
Neste cenário de tensões e palcos vazios, o Disturbed coloca a arte no centro do debate, defendendo a arena do show como um santuário onde as ideologias dão lugar ao ritmo. A nota funciona como um convite à reflexão: no universo dos acordes e da potência vocal, a única bandeira que realmente importa é a da união.
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