O The Town estava prestes a viver um momento histórico: a primeira vez do Sex Pistols em um grande festival no Brasil. Mas, para a surpresa de muita gente, a banda britânica anunciou o cancelamento do show, deixando um vazio que parecia difícil de preencher. Só que o festival não deixou barato e tratou de chamar um nome de peso para segurar a bronca: Bad Religion.
Se por um lado o público perde a chance de ver os Pistols ao vivo – um ícone do punk inglês que marcou gerações com sua rebeldia e atitude anárquica –, por outro ganha uma banda que também é referência máxima quando se fala em punk rock. O Bad Religion, com mais de quatro décadas de carreira, tem um repertório recheado de clássicos, letras inteligentes e uma presença de palco que não decepciona ninguém.
Essa substituição muda o clima? Claro que muda. O Sex Pistols representaria um encontro histórico, quase uma peça de museu viva, enquanto o Bad Religion chega com a energia de quem continua lotando shows e conquistando fãs em todo o mundo. A frustração é compreensível, mas o impacto continua garantido: o punk vai ecoar forte no The Town, só que com a cara californiana em vez da britânica.
No fim das contas, o recado é claro: quem for ao festival ainda vai testemunhar um show potente, cheio de guitarras afiadas e de hinos que marcaram gerações. A chama da rebeldia pode ter mudado de endereço, mas vai estar acesa no palco – e o público vai sentir isso de perto.
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