A empresária e apresentadora Sharon Osbourne, figura influente tanto na televisão quanto nos bastidores da carreira solo de Ozzy Osbourne, fez duras críticas ao Coachella 2025 em uma publicação contundente feita nesta terça-feira (22) em suas redes sociais. Em tom indignado, Sharon acusou o festival de “comprometer sua integridade moral e espiritual”, ao, segundo ela, abrir espaço para discursos antissemitas e para artistas que demonstram apoio a grupos terroristas.
O estopim da polêmica foi a apresentação do trio irlandês Kneecap, que durante sua performance projetou mensagens anti-Israel no palco. Sharon apontou a manutenção do grupo na programação do segundo fim de semana do festival como um sinal claro de conivência. “Eles projetaram mensagens de ódio e, ainda assim, foram mantidos no line-up. Isso é um apoio explícito à retórica extremista”, declarou.
A esposa de Ozzy criticou diretamente a Goldenvoice, produtora responsável pelo evento, e afirmou que o Coachella deixou de ser um espaço de celebração cultural para se tornar um palco de “expressão política agressiva e divisiva”.
Sharon também relembrou os ataques de 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte de 1.400 civis israelenses, classificando o silêncio de grande parte da indústria musical diante do ocorrido como uma “traição silenciosa”.
Indo além da crítica, ela fez um apelo por ações concretas: “Peço que todos se unam a mim na exigência de revogação do visto de trabalho do grupo Kneecap nos Estados Unidos. Isso não se trata de censura, mas de proteger vidas, memórias e valores”. Segundo Sharon, festivais como o Coachella devem ser palcos para a arte e a diversidade cultural, e não “campos de batalha ideológicos disfarçados de entretenimento”.
A BBC procurou o Departamento de Estado dos EUA para saber se os vistos da banda podem ser revogados, mas a resposta foi de que, por razões de privacidade e confidencialidade, o governo não comenta casos específicos.
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